Divulgação/Sindigraf-RS

Representantes de 28 gráficas gaúchas jantaram juntos na noite desta quarta-feira (23/03) para saber mais sobre a atual situação econômica do Brasil, inclusive do Rio Grande do Sul, e falar da negociação coletiva 2016. O Encontro Empresarial – Conversa com o Presidente ocorreu na Galeteria D´Italiani, em Porto Alegre, reunindo mais de 40 empresários do setor.

Dando as boas-vindas aos presentes, o presidente do Sindigraf-RS e da Abigraf-RS, Angelo Garbarski, cobrou mais participação dos colegas nas ações da entidade. “Oferecemos seis edições desse evento, um em cada região do Estado, e tivemos um pequeno percentual de inscrições. Quem não se faz presente não pode criticar depois”, enfatizou o dirigente, lembrando que na sua gestão está sendo cumprido o desafio de interiorização da entidade. Em seguida, o economista-chefe da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), André Nunes de Nunes, mostrou um panorama da crise enfrentada no país, cujo Produto Interno Bruto (PIB) se mantém em queda. “O indicador fechou 2015 em -3,8%, reflexo da retração do consumo das famílias (-4%), dos investimentos (-14,1%) e da participação do governo (-1%), sendo 95 mil postos de trabalho destruídos”, avaliou. A indústria, segundo ele, teve queda de 6,2% no PIB do ano passado, tendo o segmento de transformação chegado a -9,7%. “A expectativa é de queda na demanda interna, observando-se uma melhora na demanda externa”, diz o especialista. As perspectivas, segundo o economista, é de que o PIB 2016 fique em -3,5%, podendo o da indústria chegar a -4,5%.

O advogado trabalhista do Sindigraf-RS, Benôni Rossi, disse que a comissão de negociação – composta ainda por empresários gráficos e o presidente do sindicato – tem se focado na defesa dos interesses da categoria. “Recebemos uma pauta dos sindicatos de trabalhadores, que é avaliada após a realização da assembleia, dando poderes à comissão de resolver sobre o percentual de reajuste e as demais reivindicações dos gráficos”, explica. Durante o evento, os presentes puderam discutir algumas cláusulas, que serão avaliadas pelas partes ao longo do processo de negociação coletiva. As sugestões recebidas serão avaliadas por Rossi.

Renata Rotermund, que é uma das acionistas da gráfica Rotermund, em São Leopoldo, considerou a reunião importante pelo conhecimento adquirido, além da troca de experiências. “Procuro sempre colaborar, passando sugestões mesmo quando não consigo me fazer presente”. Para o proprietário da Artes Gráficas Sohne, de Três Coroas, Guilherme Brito Engel, o encontro valeu a pena tanto pelas colocações do economista como pela oportunidade de entender melhor o funcionamento das negociações coletivas. “É muito importante ter esse contato maior com o sindicato e outros colegas de setor”.