Durante muito tempo, as mulheres não tinham seu valor reconhecido. Elas eram consideradas frágeis e, por isso, não tinham direitos civis garantidos, nem espaço no mercado de trabalho. Atualmente, os movimentos feministas e as manifestações públicas comandadas por mulheres crescem cada vez mais, possibilitando que elas assumissem postos antes ocupados apenas por homens. O comércio "adotou" essa data, incentivando a venda de flores, chocolates e outros presentes. Porém, grande parte da população não sabe os motivos que influenciaram o surgimento desta comemoração.

No início do século 20, as mulheres ganharam o direito de possuir um emprego. Mesmo assim, a carga horária era extensa, os salários eram 1/3 do recebido pelos homens (independentemente do cargo ocupado), e as condições de trabalho eram insalubres e perigosas. Em 28 de fevereiro de 1909 era comemorado o primeiro Dia Internacional da Mulher, nos Estados Unidos, como forma de protesto a essa desvalorização do sexo feminino.

Mesmo lutando pelos seus direitos, porém, a indiferença prosseguiu. O resultado, na época, foi a morte de 146 funcionárias da fábrica de tecidos Triangle Shirtwaist, em Nova Iorque (EUA), em 25 de março de 1911. Segundo relatos, 129 delas teriam sido trancadas e queimadas vivas, em consequência das exigências por melhores condições trabalhistas. Até o atentado às Torres Gêmeas, esse era o pior registro da história do país norte-americano. Só em 1975, a Organização das Nações Unidas (ONU) oficializou o dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher.

O dia de hoje (8/03) serve para refletir e questionar a presença das mulheres na sociedade como um todo, bem como para homenagear os símbolos dessa luta. As mulheres do século 21 podem - e devem - comemorar as evoluções que ocorreram desde então. Essa é uma homenagem do Sindigraf-RS a todas as mulheres, pelo seu dia!